Quarta-feira, 27 de Junho de 2007

A idade dos porquês

Curiosidade… uma qualidade que todos os humanos possuem. Se é uma qualidade positiva ou negativa, já é algo para outra “conversa”. A curiosidade de cada um de nós existe, essencialmente, devido à nossa grande necessidade de nos compreendermos a nós próprios e ao mundo que nos rodeia.
 
No meu ponto de vista, é a curiosidade também, que é responsável pelos “porquês”. A literatura e os grandes experts dizem que há uma “idade dos porquês”. Entre os três e os quatro anos, as crianças, começam a dar mais valor a essa curiosidade quanto a elas próprias e ao que as rodeia. Através de experiências de sensações as crianças vão descobrindo novas coisas, novas emoções. Aos poucos vai-se formando o “eu”. E é exactamente nesta idade, quando a noção do “eu” está mais consolidada, que se torna claro que para tudo tem que existir uma causa. É então que os “miúdos” querem saber o porquê de tudo... absolutamente tudo...  não aceitam que as coisas aconteçam sem uma razão que os adultos possam identificar. A partir de uma certa idade, parece que os “porquês” se tornam menos... deixamos de viver a “idade dos porquês”.
 
Mas... será que deixamos mesmo? Será que os “porquês” deixam de ter o mesmo valor na nossa vida quando já conseguimos por nós próprios identificar as causas das coisas? Será que nos contentamos com o pensamento que há certas coisas que acontecem sem razão e, por isso, não devemos procurar o porquê?
 
De certa forma, tenho a sensação que alguns, hoje em dia, nem sequer tentam entender-se a si próprios, quanto mais o mundo que os rodeia. Os “porquês” deixaram de ter importância. Essa idade já passou. Agora, vivem mais a “idade da resignação”. Ou seja, a pergunta do “porquê”, a tentativa de descobrir a causa para certos acontecimentos ou, para certas situações, já não tem prioridade. E, assim, vao-se perdendo neles próprios, sem se aperceberem. Vão-se isolando do mundo que os rodeia. Bloqueando certos estímulos, porque isso teria consequências. Possivelmente, os levaria a perguntarem-se “porquê”.
 
Certo é que, determinadas “coisas” na nossa vida, são mesmo capazes de não ter razão. Ou então não é possível encontrar a resposta ao “porquê”. Ou, ainda que a encontremos pouco ou nada poderemos fazer com essa resposta.  No entanto, somente o facto de, na nossa mente, a questão ser levantada, confronta-nos com a nossa existência. A existência de alguém com características muito pessoais, muito próprias.
 
Acredito que não devíamos esquecer-nos da “idade dos porquês”. Continuo a viver essa idade, continuo a perguntar, várias vezes por dia até, “porquê”. E, acima de tudo continuo a crescer... continuo a descobrir mais sobre mim própria e o mundo que me rodeia!
 
JustWords
 
 
escrito por JustWords às 01:14
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9 comentários:
De maria a 28 de Junho de 2007 às 14:02
A idade dos pk's nas crianças de 3 ou 4 anos é o máximo...não aceitam qq explicação e msm q a aceitem acabam sempre o perguntar pk?...melgas.
Nos adultos é mais fácil...mas nem sempre, por exemplo há adultos q se perguntam o pk de n saber uma letrinha enquanro q outros não sabem o pk de não a dizer...
Eu continuo na idade dos pk's...não desisto, mas tmb não me resigno.
Beijinhoooos,
maria
De JustWords a 1 de Julho de 2007 às 20:03
Maria linda :)

Melgas... olha que já passei a idade das crianças e ainda há pouco tempo me chamaram melga ;) Mas eu também não me importo eheheh... também não me resigno ;)

Beijinhos!

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