Sábado, 3 de Março de 2007

Um lugar especial...

 
Durante a nossa existência deparamo-nos com pessoas que nos marcam, vivemos situações que ficam gravadas quase que “eternamente” na nossa memória. Fazemos planos em que não só nos incluímos a nós próprios mas, também, a outros que nos rodeiam. Sonhamos e esperamos alcançar esses sonhos. Por vezes, acabamos só por sonhar sabendo de antemão que esses sonhos são irrealizáveis. Mas, mesmo assim, ainda que inconscientemente, a capacidade de sonhar é como que inata. Os nossos sonhos continuam a abrilhantar a nossa vida.
 
Mas, hoje, gostaria de colocar aqui, no “papel”, uma pequena história de alguém que marcou a minha vida. De alguém que teve a capacidade de me tocar bem fundo na alma, de fazer com que a minha maneira de encarar dificuldades mudasse.
Alguém que, apesar de uma dor física intensa, tinha um espírito alegre. Um sorriso aberto. A capacidade de ouvir, de aconselhar, e, acima de tudo, a capacidade de encorajar... E, é essa capacidade, que ficará para sempre presente na minha mente.
Um dia, não aguentei “ver” a sua dôr. Embora não a sentisse, senti-me impotente, tão impotente como nunca me tinha sentido antes. E, ainda que não devesse, chorei... agarrei a sua mão, encostei a minha cara à sua e, permiti que as lágrimas escorressem pelo meu rosto. Permiti que visse a minha dôr, tão insignificante em relação à sua. Como me tornei pequena, afinal, porque chorava eu? Chorava por mim? Por não ser capaz de ver alguém sofrer? Ou chorei por pensar na sua dôr? Por pensar quão injusto é alguém sofrer tanto. Ainda hoje não sei responder a estas perguntas. Ainda hoje penso quão fraca me apresentei perante alguém que desesperadamente necessitava da minha força.
Ainda hoje me lembro das suas palavras: “Minha linda, chorar é bonito. Não te importes que veja como és, nunca deixes de ser assim. Faz-me bem sentir que me entendes. Eu sei que dói, eu sei que custa, mas, em breve, tudo não passará de um sonho, esquecido na mente. E tu, minha linda, sorri quando te lembrares de mim.”
A verdade é que me ofereceu a força que eu deveria ter oferecido. A verdade é que me mostrou que somos capazes de aguentar muito mais do que imaginámos. A verdade é que me ensinou que a vontade de viver é de uma importância extrema. A verdade é que aprendi que a alegria em dar supera a dôr que muitas vezes atormenta a nossa humilde existência.
 
Um beijinho muito grande e, talvez, até um dia para alguém que estará para sempre no meu coração!
 
JustWords
 
 
escrito por JustWords às 21:59
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