Foto : ?
Uma palavra que sempre apreciei bastante. Não só pela conotação, que à partida, despoleta logo a adrenalina, mas também por aquilo que poderá representar.
Penso que, cada fase da nossa vida, apresenta diferentes desafios. Muitos são simplesmente obrigatórios, fazem parte do nosso processo de crescimento. Outros são desafios em que podemos escolher. E, essa escolha, é muito interessante. Tenho-me debruçado um pouco sobre o porquê de escolhermos encarar alguns desafios. Ou, então, porque simplesmente vamos à procura de desafios. Possivelmente, tem muito a ver com a nossa personalidade. Não sei se terá tanto a ver com os nossos genes. Mas, o certo, é que há aqueles que são “ por natureza” aventureiros e procuram (novos) desafios constantemente. Há aqueles que não os procuram mas que têm a sorte de os desafios virem ao seu encontro. E, por fim, há aqueles que tentam ao máximo não “encontrar” desafios na vida. Talvez por comodidade, por receio... por medo de falhar...
Pessoalmente, penso que tenho um pouco das características dos dois primeiros grupos. Embora não pensasse ser aventureira, o certo é que me “lancei” de corpo e alma numa aventura que nunca imaginava ter sido possível. Também certo é que não consigo viver na rotina muito tempo... nem mesmo no meu trabalho... preciso constantemente de “sentir” que há algo novo, o tal desafio... Ao mesmo tempo, tenho tido a sorte de certos desafios virem ao meu encontro. Talvez devido ao facto de sempre me mostrar disposta a enfrentá-los. Raramente digo não a um desafio.
Agora, em certa altura, dei por mim a tentar perceber porque escolhi, ou escolho, encarar (certos) desafios. Por vezes, penso que duas das minhas grandes “qualidades”, têm um papel essencial: a curiosidade e a teimosia. Por outro lado, penso que a minha vontade de provar que sou capaz, tem uma grande influência. Mas... acima de tudo, penso que é o facto de viver com uma “sede” enorme de conhecer e aprender coisas novas. Não me consigo contentar com aquilo que já sei, aquilo que já vivi... preciso de algo que me faça viver todos os dias um dia diferente dos outros. Cada vez mais me apercebo que, esta força interna e invísivel dentro de mim, vai-me empurrando para os desafios...
Mas há algo que receio... o dia em que não mais poderei encarar esses desafios como fazendo parte da minha vida. O dia em que, devido a um factor ou outro, não mais terei forças para saciar a minha “sede”. Espero, nessa altura, ter conseguido aprender “tudo” o que sempre imaginei ser possível... Ter desafiado a mim própria e sentir que vivi à altura dos desafios que um dia procurei...
JustWords